quinta-feira, agosto 11, 2005

«HISTÓRICOS» FC PORTO E VISO EM DIFICULDADE

IMPASSE PARA O REGRESSO
Um dos objectivos da Federação Portuguesa de Hóquei é o regresso de clubes emblemáticos. FC Porto e Viso são dois desses casos. Apesar dos esforços até agora feitos, os «históricos» ainda não voltaram.

Tiago Marques

O Viso suspendeu a sua secção depois de alguns sócios e dirigentes do clube terem sido agredidos por atletas e elementos da equipa técnica do rival Ramaldense. Esses desacatos entre as duas partes levaram a que o presidente do Viso fosse hospitalizado e posteriormente tenha colocado uma acção em tribunal.
Manuel Pereira sublinha que não pensa no regresso do clube até tudo estar resolvido: “Neste momento, a situação da secção é a mesma de quando houve os desacatos. Enquanto não se decidir a questão em tribunal, não vou pensar na possibilidade de o Viso voltar a ter hóquei. Não sou uma pessoa rancorosa. Porém, neste caso, não dou o braço a torcer. Tenho uma dignidade a defender. Dei muito ao hóquei e no final aconteceu o que aconteceu”.
Todavia, o presidente garante que, mal a situação se resolva, não terá problemas em reactivar a secção: “Depois de tudo estar resolvido, não ponho qualquer entrave à secção. Aliás, são muitas as pessoas do clube que desejam voltar a ter hóquei em campo no clube”.Dentro das possibilidades de dirigir a secção, destacam-se os veteranos. “É natural que os veteranos consigam o regresso do Viso à modalidade. Neste momento, são a única parte activa do hóquei no Viso e têm pessoas capazes de dirigir uma secção”, aponta Manuel Pereira.
Por outro lado, o FC Porto, que suspendeu a secção há mais de 20 anos, também pode regressar. Encarregue desta difícil tarefa está José Eduardo Pinto da Costa, irmão do presidente do FC Porto, acompanhado por um grupo de sócios e ex-praticantes da modalidade. “Um grupo de ex-atletas do FC Porto e jovens entusiastas da modalidade pretendem reavivar a secção no clube, que aliás é uma referência gloriosa na modalidade”, diz José Eduardo Pinto da Costa.
O médico legista explica ainda como é que tudo tem sido tratado: “Apesar de todas as dificuldades, este grupo ofereceu-se para reactivar a secção sem qualquer encargo para o clube. Apresentamos superiormente as nossas ideias e propostas, faltando a autorização do FC Porto”.
A finalizar, Pinto da Costa mostra-se confiante quanto ao sucesso dos intentos do grupo: “Estou esperançado numa resposta positiva, já que não há responsabilidade civil e financeira do clube. Logo só restam aspectos positivos. Acredito que é possível e confio na boa vontade e compreensão do clube. É difícil não aceitar uma dádiva como esta”.

In: http://www.onortedesportivo.com/

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