sexta-feira, outubro 19, 2007

Jogos para o Fim de semana

Estádio Nacional

Sábado Jogam os Juvenis:
ás 14:30 com o Lisbon
ás 15:30 com o Arsenal 72

Domingo Jogam os Iniciados:
ás 10:00 com o Lisbon

Clube Futebol Benfica está de Luto:

Informo que está pedido 1 minuto de silêncio pelo falecimento do nosso querido amigo e grande Futebol Benfiquista JOSÉ RAMOS.

Em nome da secção sentidos pêsames para a Familia e aos amigos que manifestararam a sua solidariedade em nome da secção , muito obrigado

Sidónio Nobre

2 comentários:

Anónimo disse...

SUBDESENVOLVIMENTO



Gustavo Pires*

Os portugueses podem ir chorar para os estádios agarrados à bandeira nacional, berrarem a portuguesa e vibrarem com dos dribles do Cristiano, contudo, o que é facto é que Portugal para nossa vergonha é considerado pelo “Relatório Eurobarometer” da Comissão Europeia como o “país menos desportivo da Europa”.



Entretanto, o Orçamento de Estado (OE) para 2008 prevê que o Instituto do Desporto de Portugal (IDP) disponha de 79 ME, contra os 72,9 ME de 2007, o que significa um aumento de 8,4%. Contudo, muito embora o regozijo de alguns dirigentes desportivos concretamente do Presidente do Comité Olímpico de Portugal, este aumento dos recursos financeiros afectados no OE ao sector do desporto, se analisado com atenção, é mais propiciador de preocupações do que de regozijos, uma vez que ele, bem vistas as coisas, não representa um acréscimo do esforço do Estado em matéria de promoção do desporto, mas precisamente o contrário.
O orçamento do (IDP) tem proveniência fundamentalmente dos fundos do Estado e das receitas provenientes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). Conforme se pode ver no quadro:


· No OE para 2006 verifica-se que dos 68,6 ME afectos ao IDP, 34,6 ME (50,4%) correspondem a verbas provenientes das receitas do Estado e 34ME (49,56%) correspondem as receitas próprias, verbas estas provenientes da SCML;
· No OE para 2007 verifica-se que dos 72.9 ME afectos ao IDP, 19,9 ME (27,3) correspondem a verbas provenientes das receitas do Estado enquanto que 53 ME (72,7%) corresponderam a receitas próprias provenientes da SCML;
· No OE para 2008 verifica-se que dos 79 ME afectos ao IDP, 18,6 ME (23,5%) correspondem a verbas provenientes das receitas do Estado, enquanto 60,4 milhões de euros (76,5%) correspondem a receitas próprias provenientes da SCML;
Quer dizer que, nos últimos três orçamentos, o Estado diminuiu progressivamente a sua contribuição para o sector de desporto. De uma participação de 50,4% na estrutura financeira do IDP no OE de 2006, o Estado passou para uma de 23,5% em 2008.
Esta diminuição do esforço do Estado foi confirmada pelo próprio Secretário de Estado da Juventude e Desporto Laurentino Dias ao afirmar ao “Jornal de Negócios” (13/10/07) que: “o desporto no OE de 2008 mantém um aumento sustentado dos seus meios financeiros, apesar da comparticipação financeira do Estado ter sido reduzida em 6,3 %”. Afirmou ainda que o aumento de 8,4% do orçamento do IDP “é compensado pelo aumento de 12,6% das receitas próprias”. Na realidade, se considerarmos a quebra da participação do estado nos últimos dois orçamentos o Estado desinvestiu no desporto 16 ME o que significa uma quebra de 49,9%.
Esta diminuição radical da responsabilidade financeira do Estado no que diz respeito ao financiamento ao desporto nos dois últimos OE só foi possível devido à publicação do Decreto-Lei n.º 56/2006, de 15 de Março que alterou a forma de distribuição dos resultados líquidos dos jogos sociais explorados pela SCML, melhorando significativamente a verba atribuída ao IDP. De facto, a partir de então, o IDP passou a receber 8,4% dos lucros da SCML, (7,3% para o fomento das actividades e infra-estruturas desportivas mais 0,6% para a promoção do futebol). Contudo, nem tudo são rosas na medida em que os portugueses estão a gastar menos nos jogos da SCML. O Euromilhões sofreu no primeiro semestre de 2006 uma quebra de 16,5%. Por isso, é de todo conveniente não se embandeirar em arco.
Quer dizer que, se por um lado existem atletas como, entre outros, Emanuel Silva (canoagem), Fernando Pimenta (Canoagem), Gustavo Lima (vela), João Rodrigues (vela), Joaquim Videira (Esgrima), Leandra Freitas (judo), Naide Gomes (atletismo), Nelson Évora (atletismo), Sílvia Saiote (duplo mini-trampolim), Susana Feitor (atletismo), Telma Monteiro (judo), Vanessa Fernandes (triatlo), bem como de modalidades colectivas como o futebol, o voleibol, o andebol, o basquetebol e mais recentemente até o rugby, capazes de obter resultados significativos na competição internacional, por outro, temos a mais baixa taxa de participação desportiva da Europa. Só 22% dos portugueses com mais de 15 anos de idade dizem praticar desporto pelo menos uma vez por semana. Destes, só 8% o fazem três ou mais vezes por semana. Sabendo-se ainda que 73% dos portugueses dizem não ter qualquer prática desportiva sendo esta percentagem a mais elevada da Europa, é possível perceber o estado de subdesenvolvimento desportivo em que o país se encontra.
Por isso a pergunta que se coloca é a que procura saber a maneira como sair deste estado crónico subdesenvolvimento. De uma coisa podemos estar certos. Não é certamente com os seis grandes objectivos do OE. Antes pelo contrário. (a continuar)


(*) Professor na Faculdade de Motricidade Humana

-norte desportivo

Anónimo disse...

Este comentario revela toda a realidade desportiva nacional, este é o Portugal dos pequeninos, está tudo dito, parecido com isto só Africa e o resto são vaidades que estão nas mentes das pessoas mas não nos bolsos, não vale a pena andarem com guerras clubisticas não adianta, a verdadeira guerra a travar é contra estas politicas, e aos vaidosos vendidos que nos governam a todos os niveis, seja governos, autarquias, ou federações ou associações.