sábado, setembro 23, 2006

RUI GRAÇA E PEDRO SOUSA ACTUARAM SEMPRE LADO A LADO

SOMOS A «MULETA» UM DO OUTRO

Rui Graça e Pedro Sousa são um caso raro do hóquei nacional. Desde novos que actuam sempre lado a lado, ajudando-se dentro e fora do campo. Agora, os jogadores trocaram o Cascais pelo Futebol Benfica.

Tiago Marques
tiago.marques@onortedesportivo.com

Rui Graça e Pedro Sousa protagonizam um caso raro no hóquei nacional. Ambos jogadores já actuaram em quase todas as formações lisboetas, tendo mudado de clube em clube sempre em conjunto.
A ligação vem desde há largos anos, extravasando a linhas do hóquei em campo, como adianta, a O NORTE DESPORTIVO, Rui Graça: “Conhecemo-nos na escola primária, mais ou menos por volta dos 6 anos. Morávamos perto um do outro, eu em Palma e o Pedro nas Laranjeiras. O primeiro a entrar na modalidade fui eu, pelas mãos do senhor Marçal, no Palmense. Dois anos mais tarde, o Pedro também se juntou ao clube «arrastado» por mim e pelo Pele, amigos da primária. Desde logo formamos um bom conjunto e criámos uma grande empatia entre nós, o clube e a modalidade”.
Pedro Sousa esclarece que ambos se ajudam dentro de campo, existindo já ligações fortes fora do campo: “Somos bastante amigos, o Rui inclusive é padrinho do meu filho. Desde muito novos jogamos lado a lado e ajudamo-nos mutuamente em campo. Alguém já nos disse que somos a «muleta» um do outro”.
Para além da carreira lado a lado que os destaca, o vasto número de clubes que já representaram também chama à atenção. “Provavelmente somos os jogadores que jogaram em mais clubes diferentes. A principal razão é porque os clubes vão acabando. Foi o caso do Palmense, do Benfica e do Hóquei Clube Portugal. Uma outra razão é porque não nos conseguimos adaptar à orgânica e funcionamento do clube e por fim, talvez não nos sentimos realmente bem porque jogamos contra outros nossos amigos, que vamos encontrar novamente este ano no Futebol Benfica”, esclarece Pedro Sousa, que, com Rui Graça, trocou o Cascais pelo Futebol Benfica.
A terminar, Rui Graça destaca que a diferença entre todos os clubes está no empenho dos responsáveis: “Já passámos por clubes em que os dirigentes e treinadores se dedicavam e aí sim, era um clube organizado, mas também já passámos por outros que as pessoas não estavam para se chatear ou para ter trabalho e assim não há secção que resista. Nestes últimos, ou as pessoas mudam ou a modalidade mais cedo ou mais tarde desaparece no clube”.

in: www.onortedesportivo.com

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